quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Meri Elias Johnsson

       Há extamente 1 mês, tivemos a maior perda das nossas vidas. Como ser consolado por ter perdido parte da nossa vida, da nossa história.
         Passaram-se um mês e ainda a casa parece estar faltando algo, aquele rádio sintonizado na estação Difusora que ardia em nossos ouvidos, hoje é calado pela ausência de quem tanto ouvia de madrugada a madrugada, o quarto que ainda está como ela deixou quando partiu para uma viagem sem volta. Como conter as lagrimas, se quem as secava já não está mais aqui para nos consolar nas horas mais difíceis. Como será os próximos natais sem a fiel serva de Deus para abençoar a nossa ceia. Não imaginava que ia ser tão difícil enfrentar o dia sem sua benção.
     Durante esse mês o único consolo que tive, é que ela foi uma mulher guerreira, onde não havia obstáculos para a sua vitória.
     Professora de muitos e uma grande aluna da vida, onde aprendeu a carregar uma família em seus braços, onde com seu trabalho e suor realizou seu sonho e meta de formar e encaminhar seus filhos para uma boa qualidade de vida, pois quem a conheceu sabe que muitas vezes tirou comida de sua boca para dar o melhor a seus filhos.
    Quantas vezes ouvíamos sem cansar sua história de vida, sua infância difícil. Para ela era motivo de orgulho contar que falsifico sua identidade adiantando em dois anos, para iniciar seu trabalho como professora.
    Partiu com sua família da região do Açungüi, para facilitar o acesso a escola para seus filhos, tentando vida nova, dando continuidade a sua profissão de educadora e iniciando um novo estágio na sua vida, o comércio. Perdia-se nas contas quando contava das suas perdas em enchentes, onde perdia mercadorias e blocos de anotações de conta. Sem se derrotar pela vida Meri Elias Johnsson ao lado de seu marido Nilo Johnsson iniciavam o que ali havia sido extinto.
   Como todos sabemos que a vida não da brecha para a proliferação da honestidade, Dona Meri estava por enfrentar uma nova dificuldade em sua vida, a fatalidade da doença de seu marido, onde agora contava apenas com sua experiência e força de vontade para dar continuidade aos estudos de seus filhos.
   Por fim após muito esforço teve o privilégio de ver seu trabalho sendo concluído, após formar seu filho primogênito como advogado, outro em letras e ter a satisfação de ter um filho gerente de banco e outro com cargo na Votoram.
   Após muitas batalhas uma havia por vir, devido a sua osteoporose avançada, um dia antes de comemorar o dia das mães junto a seu filho, netos e criados, sofreu uma fratura no joelho que a impossibilitou de andar pelo resto de sua vida.
   Assim mesmo continuava com seu jeito sereno de encarar a vida, seu sorriso mais sincero e o seu carinho com todos que estavam próximos.
  Como não sentir saudade de seus sábios conselhos, daquele rostinho satisfeito em receber toda sua família no domingo.
    Sua presença será constante na vida de cada membro que conviveu com a mesma, e com certeza deixará um pedacinho de sua experiência e liderança em nossas vidas.
                                     
                                                                                            Patrick de Assis Johnsson







 
Naquela Mesa
                                                          Nelson Gonsalves
Naquela mesa ela sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ela contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ela juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu neto
Eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa ta faltando ela
E a saudade dela ta doendo em mim